Problema Habitacional de Pirapozinho é discutido em Audiência Pública na Câmara Municipal
 
A população compareceu em peso e lotou as dependências da Casa de Leis

Na noite da última quinta-feira (30), a Câmara de Pirapozinho promoveu uma Audiência Pública para tratar da questão habitacional do município. Autoridades locais, regionais e representantes da população em geral lotaram a sede do Poder Legislativo, que fica localizada na Rua Joaquim Divino Pantarotto, 241.
De acordo com o autor da Indicação No. 611/16/16, que ensejou a realização da audiência, vereador José Maria Berbert (PSDB), a ação foi democrática e positiva, “Quem não gostaria de ter a sua casa? Imagino que não deve ser fácil pagar mensalmente um alto valor de aluguel, haja vista que, muitos sobrevivem com baixa renda salarial. Essa é uma preocupação de todos nós e precisamos de uma solução. Sei que não teremos uma resolução total agora, porém, hoje estamos dando um grande passo ao expormos esse problema para a população”, afirmou Berbert, destacando também a questão da construção das 200 casas autorizadas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo).
Para o Presidente da Câmara, vereador David Santos (SD), a audiência foi necessária para a discussão do problema, conhecimento de dados, ouvir opiniões e acatar sugestões cabíveis, “Assim como a saúde, educação e segurança, a moradia também é um dos pilares do município. Atualmente enfrentamos um déficit habitacional, que só cresceu nos últimos anos, o que torna o problema ainda mais abrangente”, ressaltou o parlamentar, acrescentando que um documento final será elaborado e encaminhado para autoridades competentes, a fim de que sejam efetuadas ações político-administrativas no que diz respeito ao problema habitacional.
Segundo Mauro Villanova, gerente do CDHU – Núcleo Regional de Presidente Prudente, as 200 casas continuam liberadas para a construção, “As 200 unidades habitacionais continuam autorizadas para Pirapozinho, porém, é necessário que a prefeitura disponibilize o terreno para o início da construção das moradias”, assegurou Villanova.
Durante o seu discurso, o prefeito Orlando Padovan (DEM), alegou que a crise econômica estabelecida no país foi um dos impedimentos para a compra dos terrenos não ter sido efetivada, “A arrecadação permaneceu a mesma, mas as despesas subiram. Não compramos os lotes, pois, ainda não foi possível. Fizemos uma pesquisa com vários empresários da cidade e os valores dos terrenos são muito altos”, garantiu Padovan.
Como a liberação das casas pelo Estado ocorreu em 2011, época em que a cidade era administrada por Marcos Brambilla (PSDB), o ex-prefeito também apresentou sugestões referentes ao tema da audiência, “Pirapozinho tem hoje uma área disponível de aproximadamente dez alqueires na Fazenda 14, totalmente em condições de ser urbanizada pelo município e distribuída para a população, através de lotes urbanizáveis. Se, nesse sentido, as casas não podem ser construídas pela CDHU, é possível usar o espaço e fazer os loteamentos urbanizados e doar para as famílias que precisam”, evidenciou Brambilla.
Após o discurso das autoridades, os moradores da cidade também tiveram o seu tempo para expressar opiniões, sugestões e questionamentos sobre o assunto.
A iniciativa foi transmitida através da TV Câmara, por meio do site www.camarapirapozinho.sp.gov.br.